Polícia identifica suspeitos pela morte de líder camponês em Rondônia
Adelino Ramos foi morto a tiros na última sexta-feira (27), em acampamento.
Crime aconteceu três dias depois de execução de extrativistas no Pará.
Crime aconteceu três dias depois de execução de extrativistas no Pará.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
A Polícia Civil de Rondônia identificou dois suspeitos pela morte do líder camponês Adelino Ramos, o Dinho, conhecido por fazer denúncias de extração ilegal de madeira na região norte do país. O crimeaconteceu na última sexta-feira (27), em Vista Alegre do Abunã, região de Porto Velho.
Há dois suspeitos identificados e a execução a tiros teria sido encomendada. Segundo fonte ouvida pelo G1, um dos homens é do Espírito Santo e já foi fichado por outras infrações. As buscas estão sendo feitas na região de Extrema de Rondônia, a 370 quilômetros de Porto Velho.
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"Sabe-se que em princípio são dois pelo menos que estavam no local do fato. Um já foi identificado e já estamos no encalço dele. O outro ainda está em processo de identificação", informou Marcelo Bessa, secretário de Segurança Pública de Rondônia.
Dinho era líder da Associação Camponesa do Amazonas e sobrevivente do massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995 e no qual 13 agricultores foram executados.
A morte de Dinho foi o segundo caso de violência no campo ocorrido na última semana. Na terça-feira (24), foi assassinado a tiros o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, no Pará.
O crime em Rondônia
Adelino Ramos foi executado com cinco tiros quando estacionava o carro para descarregar verduras produzidas no acampamento em que vivia em Vista Alegre do Abunã, divisa entre Amazonas, Rondônia e Acre. O criminoso chegou a pé, fez os disparos e fugiu correndo pela rua. A mulher e os filhos do camponês estavam com ele, mas não ficaram feridos.
Adelino Ramos foi executado com cinco tiros quando estacionava o carro para descarregar verduras produzidas no acampamento em que vivia em Vista Alegre do Abunã, divisa entre Amazonas, Rondônia e Acre. O criminoso chegou a pé, fez os disparos e fugiu correndo pela rua. A mulher e os filhos do camponês estavam com ele, mas não ficaram feridos.
Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria-Geral da Presidência da República informaram que Ramos tinha recebido ameaças de morte de madeireiros da região por denunciar desmatamentos ilegais nos estados do Acre, do Amazonas e de Rondônia. Conforme o texto, a morte de Ramos provavelmente pode ter sido motivada pela perseguição aos movimentos sociais.