O verdadeiro herói da vida dos filhos
Levantar no meio da noite para cuidar do bebê, trocar fraldas e até preparar a mamadeira ou o lanche da tarde. Tarefas domésticas restritas até certo tempo atrás às mulheres são cada vez mais desempenhadas pelos homens. O arranjo estrutural na criação dos filhos acompanhou o estilo de vida, com a inserção da mulher no mercado de trabalho e transformou a figura paterna - antes autoritária e menos presente - em uma versão, digamos, mais "cuidadora" e participativa, mas também confusa com o seu papel.
arquivo tnDurante toda a semana, a TRIBUNA DO NORTE recebeu e selecionou mensagens em homenagem aos pais. Confira!
Essa desconstrução, ao longo do tempo, gera benefícios e conflitos na relação pais e filhos. E não se enganem, sobretudo para os primeiros. Segundo a psicóloga da família Cristiana Oliveira, a correria diária afeta diretamente o conceito de autoridade que antes era mais claro e fácil para pais e filhos assimilarem. A rotina mudou e o maior desafio - e também conflito - é saber lidar com a autoridade e o tempo para os filhos. Hoje toda a família precisa aprender a administrar o tempo. É comum os filhos passarem mais tempo com babás, avós ou na escola. Muitos pais, explica a psicóloga, se sentem culpados por não poderem estar com seus filhos e acabam optando por um sistema de compensação. "São pais que concedem mais, oferecem mais coisas materiais. Trabalham e vivem pensando no futuro dos filhos em oferecer o melhor e esquecem do hoje,. Não sabem impor os colocar limites e dar atenção", observa.
Ser pai, analisa Cristiana Oliveira, era mais fácil na época em que as mães assumiam a maior parte da educação e criação dos filhos. No entanto, a responsabilidade compartilhada e a participação dos dois contribuem para uma relação mais amistosa, em que há uma maior abertura e liberdade. Isso corrobora para pais mais receptivos ao diálogo o que permite aos filhos mudar o referencial de confiança - antes voltado para pessoas fora do ambiente familiar, como amigos, professores - para buscam em casa orientações sobre temas que antes sequer eram abordadas. "Não é mais só a mãe que assume aquela imagem amorosa".
Mas encontrar o equilíbrio entre a autoridade paterna e o pai amigo é uma dificuldade enfrentada por muitos pais. E, os que não conseguem, tendem aos extremos em suas ações, ou não exercem autoridade ou são autoritários e recorrem ao grito e a ameaça.
A atitude, muitas vezes acentuada por situação de cansaço físico, estresse ou reprodução do modelo de educação recebido em casa, faz com que a criança obedeça por medo e não por respeito a autorid
Ser pai, analisa Cristiana Oliveira, era mais fácil na época em que as mães assumiam a maior parte da educação e criação dos filhos. No entanto, a responsabilidade compartilhada e a participação dos dois contribuem para uma relação mais amistosa, em que há uma maior abertura e liberdade. Isso corrobora para pais mais receptivos ao diálogo o que permite aos filhos mudar o referencial de confiança - antes voltado para pessoas fora do ambiente familiar, como amigos, professores - para buscam em casa orientações sobre temas que antes sequer eram abordadas. "Não é mais só a mãe que assume aquela imagem amorosa".
Mas encontrar o equilíbrio entre a autoridade paterna e o pai amigo é uma dificuldade enfrentada por muitos pais. E, os que não conseguem, tendem aos extremos em suas ações, ou não exercem autoridade ou são autoritários e recorrem ao grito e a ameaça.
A atitude, muitas vezes acentuada por situação de cansaço físico, estresse ou reprodução do modelo de educação recebido em casa, faz com que a criança obedeça por medo e não por respeito a autorid